Pedi, se fosse o momento, que ela partisse

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Por Valquécia Costa

No final de 2012, os meus pensamentos estavam envoltos em um só objetivo: estudar espiritismo. Na época eu não tinha noção de onde vinha aquele desejo iminente de estudá-lo, já que eu não era espírita, não frequentava centro, no entanto, sempre acreditei na existência do plano espiritual e em Jesus. 

Resolvi dar ouvidos à intuição e comecei a buscar alguma coisa na minha cidade, pela internet. Passei uma semana procurando e nada. Na época, eu estava na faculdade. Naquela mesma semana, quando olhei para um mural de informações no intervalo, vi um panfleto escrito: “ESDE Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, início em fevereiro de 2013”. Tirei uma foto do panfleto, custando a acreditar naquela ‘coincidência’ e fui parar na casa espírita do estudo, onde estou até hoje. Em 2015 eclodiu minha mediunidade e eu agradeci muito por já estar estudando, o que me ajudou a entender melhor todo o processo. 

Digo que fui empurrada aos estudos pelos espíritos benfeitores, já que desde a infância tive sinais, como ‘chamamentos’ para isso, mas não dei importância. 

Lembro-me de certa vez, que eu fazia estágio como técnica de enfermagem em um hospital. Cheguei, e antes de subir para minha atividade, passei na capela e orei a Deus, para que comandasse as minhas mãos com carinho para que o atendimento aos pacientes fosse o melhor possível. A minha primeira paciente tinha câncer no estômago e sofria muito. Estava em cuidados paliativos. Eu ainda não era espírita, mas naquele momento, me veio o pensamento que os familiares estavam segurando ela na Terra, não a libertavam para que ela partisse. Quando os parentes saíram, coloquei a minha mão na sua testa e fiz uma prece, pedindo a Deus que, se fosse o momento, que ela partisse. Quando terminei a prece, seu tórax parou de subir e descer, médicos tentaram reanimá-la, mas ela partiu. Eu me emocionei muito. Fiquei meio assustada com tudo aquilo, principalmente porque eu havia pedido a Deus para cuidar das minhas mãos. Entendi mais tarde que tinha chegado a hora dela. Que naquele momento, fui utilizada como instrumento para que pudesse auxiliar no seu desligamento.

Nesses anos todos, não tem me faltado histórias maravilhosas em minha vivência como espírita, histórias de amor, de superação, de fé e principalmente de transformação interior. 

Este fato aconteceu com Valquécia Costa, de Uberaba, MG. Conte também para nós a sua experiência. Escreva para redacao@correiofraterno.com.br