A história
da ação social na minha vida é de longa data, posso dizer que até é
hereditária. Meus pais já faziam ação social, e isso nas décadas de 60/70.
Atualmente o
que tenho feito é participar do IHDI – Instituto Humanização e Desenvolvimento
Integral, como tesoureiro voluntário.
Muitas coisas são feitas no IHDI e em 2015 completamos 30 anos “transformando vidas” através do atendimento de 150 pessoas/dia no Centro de Acolhida Estação Bem Estar (EBE), 60 crianças e adolescentes no Centro para Crianças e Adolescentes Estação Adolescer (CCA) e 60 crianças no Centro de Educação Infantil Joel Correa de Ávila (CEI).
Com certeza
a minha história se confunde com a ação social e nos últimos anos mais de perto
com a do IHDI. Lá pelos anos 60/70 meus pais eram voluntários na Seara, em
Avaré, interior de São Paulo e eu ia junto, para “ajudar”. Era criança e
participava do que e como podia, nem que fosse apenas vendo o exemplo de meus
pais, os quais eram pessoas simples, para não dizer pobres, e buscavam ajudar
os mais pobres.
Um tempo
depois da morte de meu pai, nos mudamos para a capital do Estado e passei a
frequentar a IPI do Ipiranga, a qual em 1985, juntamente com outras pessoas e
eu, fundamos o então Lar Evangélico de Assistência à Criança “Joel Correa de
Ávila”.
Para início das atividades, a igreja cedeu gratuitamente, como o faz até hoje, o espaço e fomos atrás de outros recursos, quer financeiros, quer materiais, quer humanos.
No início
atendíamos apenas crianças carentes, mas com o convênio com a prefeitura e nos
tornando CEI, que é uma escola pública, isso deixou de ser possível. Passamos
então a atender crianças em idade pré-escolar, carentes ou não, por força do
convênio.
Ampliando as
atividades e em 1992 iniciamos o CCA, no entanto, aqui podemos triar por
critérios de necessidades econômicas, uma vez que o vínculo é com a Assistência
Social. Por exigência da prefeitura, alguns anos depois, tivemos que separar
fisicamente as duas unidades.
No início
dessa divisão a igreja continuou cedendo espaços às duas unidades, pois ela
tinha áreas para isso. No entanto, por causa de suas necessidades, a igreja
vendeu um dos imóveis, levando-nos a alugar uma área específica para o CCA e a
custearmos esse valor.
Na Estação
Bem Estar, fundada em 2003, passamos a atender pessoas em situação de rua. São
pessoas com necessidades muito diferentes e específicas das crianças e
adolescentes atendidos.
A EBE atende
apenas adultos. Crianças somente são aceitas quando acompanhadas de pelo menos
um dos pais. Lá essas pessoas podem ter, além de acolhimento pessoal, local
para lavar roupas, fazer as refeições, parar o carrinho, dormir e muito mais.
Não é apenas
o cuidado físico que é importante na EBE. Lá também o convivente pode ter apoio
psicológico, espiritual, orientação para busca de um emprego, ajuda para
recuperar ou fazer seus documentos e sem sombra de dúvidas, uma força para
voltar aos laços da família.
Com certeza
eu teria muitas histórias para contar, mas aqui não há espaço e se você quiser conhecer
algumas delas, pode acessar nosso site.
Eu não
trabalho diretamente com as pessoas com as quais atendemos, mas mesmo assim sei
que faço parte, pois contribuo financeiramente e com meu tempo. Também tenho
certeza que nosso trabalho é grandioso, mesmo atendendo poucas pessoas, porque não
temos a pretensão de acabar com os problemas do mundo, mas sonhamos em resolver
o mundo de problemas de apenas algumas pessoas!
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Lucas Brizzola
28/12/2015